Destino

 Leia aqui mesmo as 10 primeiras páginas do primeiro volume da Série. 
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Essa é a história da Bruna.
Uma carioca com 23 anos que teve a sua vida completamente mudada depois de um telefonema.
Ela conhece o Diogo, um homem gentil e muito romântico.
Sua vida simples e tranquila muda de uma hora para a outra, mas de uma forma romântica, tensa e ao mesmo tempo dramática.
Eles serão felizes?
O amor deles, que surgiu como uma avalanche em suas vidas, é capaz de aceitar o passado, perdoar os erros e se sobrepor a tudo?
Leia.
Chore.
Sorria.
Emocione-se.
Escrito de uma forma coloquial, informal e popular, Destino é como um diário. Você se sentirá inserido na estória. Verá como a Bruna e o Diogo são pessoas comuns e simples, como você. Sofrem, amam e choram.

Oi, sou a Bruna.

Sabe... Muitas vezes não acreditamos quando o destino nos abre uma porta, nunca achamos que algo de tão bom pode nos acontecer.
Bem... Acontece.
Essa é a história de como um simples telefonema mudou completamente a minha vida. Como um homem pôde me transformar de uma menina tímida e sem graça, em mulher forte e confiante, e como ele me mostrou que o amor realmente existe.

Espero que você goste.
Sorria... Chore... Divirta-se.

Bjs.
Bruna Vasconcelos

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– Vamos lá, amiga. Tá na hora! – Ju, a minha colega me apressou naquela manhã. – Não tem como fugir, é segunda.
– Já vou. – Resmunguei. – Odeio segunda feira.
– Eu também, Bruninha. – Ela me disse. – O Fabinho já tá chegando! Ele vai nos dar carona hoje. Acaba logo de se arrumar, sabe que ele odeia esperar.
– Esse seu namorado é um chato. – Disse rindo ao sair do meu quarto.
– Quer ir de ônibus? – Ela me perguntou de braços cruzados.
– Nem pensar. – Disse e me apressei mais. – Posso pelo menos tomar um café?
– Toma na empresa. – Ela disse quando o interfone tocou. – Alô?
– Vamos, o trânsito está horrível, gata. – O Fabinho disse ao interfone.
– Já estamos descendo. – A Ju disse e desligou.
Morar no Méier e trabalhar no Centro da cidade era um tormento. Encarar um ônibus ou trem lotado todo dia na ida não era fácil, mas na segunda era especialmente irritante, desagradável e insuportavelmente cheio. Todos tinham aquela mesma expressão “segunda” na cara depois de um final de semana de descanso. Pelo menos a volta era mais fresca, eu sempre saía da faculdade depois das nove mesmo quando não tinha os últimos períodos. Eu nem podia imaginar como era para quem morava na Baixada Fluminense ou em Campo Grande, como muitas das atendentes do call-center do Rio, elas já chegavam cansadas no turno que começava às nove. A maioria preferia pegar o turno da noite fazendo assim o caminho contrário do trânsito, mas mesmo assim era desgastante. Como técnica sênior, apesar de ter só vinte três anos, eu tinha condições de morar mais perto do emprego. Me dediquei muito para conseguir aquela posição na empresa, fiz muitos cursos de aperfeiçoamento e estar terminando a faculdade também contava. Dividir o apartamento também ajudava muito, mas mesmo assim não era fácil, o aluguel nem era muito caro naquelas condições, o que pesava era o condomínio, e sempre que alguém se mudava eu entrava em pânico, significava menos grana para mim durante o mês.
O Fabinho era namorado da Ju há anos, eu sentia que uma hora eles iam acabar morando juntos e eu teria que buscar uma nova colega para dividir as despesas. Eu não ficava exatamente triste, vê-los juntos era uma coisa muito legal. Ele cuidava sempre dela e ela simplesmente o amava. Também, quem não amaria um cara que faz de tudo para te fazer feliz? Ele trabalhava na Barra, mas pelo menos três vezes por semana nos dava uma carona até o Centro, depois encarava um trânsito horrível até chegar ao emprego, tudo isso por ela e eu ia na aba. A Ju quase não dormia mais em casa, sempre que podia ficava no apartamento dele lá no Méier também, mas não oficializavam nada. Ela me dizia que tinha medo de que ele achasse que era seu dono, ficando mais mandão e controlador que já era.
– Valeu mesmo a carona, Fabinho. – Disse antes de sair do carro.
– De nada. – Ele disse e beijou a Ju. – Te amo, gata. Me liga mais tarde, tá?
– Ligo sim. – A Ju disse e saiu do carro.
– Ah! Não vai mais rolar aquela viagem da empresa, teremos o final de semana livre. – O Fabinho disse depois de baixar o vidro. – Que tal uma viagem só nós dois?
– Tô dura, amor. – A Ju sussurrou. – Deixa para o mês que vem.
– Eu que estou convidando, Ju. – O Fabinho disse fazendo cara feia. – Para com essa besteira, a grana é nossa. Te amo, gata. Vai ser legal a gente curtir um final de semana longe do Rio.
– Não sei. – A Ju resmungou.
– Tem uma pousada legal em Itatiaia. – O Fabinho insistiu. – Sei que você gosta desse tipo de clima... De paisagem. Vamos, lá.
– Vê quanto é a diária e me liga. – A Ju disse sorrindo. – Aí a gente conversa.
– Te pego no final do expediente. – O Fabinho disse e jogou um beijo para ela, depois acenou para mim. – Tchau, Bruninha.
– Ele não tem jeito. – A Ju disse enquanto via o carro se afastando. – Não aceita que temos que dividir as despesas.
– Chegam a ser hilárias essas discussões de vocês. – Ri ao dizer enquanto caminhávamos. – Vocês têm sorte que só discutem esse tipo de coisa, tem casais que brigam sem parar.
– Sei disso. – Ela disse e se despediu. – Me deixa ir. Tem reunião no banco e ela tem que terminar antes das portas abrirem ao público.
– A gente se fala mais tarde. – Disse e segui meu caminho.
O Centro da Cidade parecia um formigueiro naquela manhã, a Rio Branco estava lotada como nunca e atravessá-la foi quase um suicídio. Da mesma forma que nós estávamos atrasados, os motoristas também pareciam muito nervosos. Era sempre assim nas festas de Natal, dia das mães e dos namorados, e claro naquela época também, na última semana antes do dia das crianças. Por pouco um carro não acerta a Senhora que estava na minha frente, e a danada ainda ficou com raiva por que quase caiu quando eu a puxei. Não dei muita importância, eu tinha feito o que era certo e pronto, segui meu caminho e exatamente as oito cheguei à empresa.
Eu fazia a avaliação dos aparelhos que chegavam das assistências, os que os técnicos não conseguiam resolver e enviavam para o escritório central. Eu era uma das poucas que tinha feito todos os cursos e entendiam daqueles modelos novos, sempre sobrava para mim. A chefia confiava e eu avaliava se eles tinham que ser trocados ou, se fosse possível, fazia a manutenção e mandava de volta. Meu dia estava normal, até que recebi uma ligação de São Paulo, do supervisor da central de call-center.
– Bruna Vasconcelos. – Atendi quando meu telefone interno tocou.
– Bruna, é Maurício de São Paulo. Tem um cliente no call-center que está deixando todo mundo louco, posso te passar a ligação? Quem sabe você resolve esse pepino para a gente. – Ele me pediu às onze.
– Claro. – Disse. – Pode transferir.
– Aguarde na linha. – Ele disse e comecei a ouvir a musiquinha.
– Bruna Vasconcelos, bom dia. Em que posso ajudá-lo? – Perguntei quando a música parou.
– Uau! Que voz. – Ouvi uma voz masculina dizer no outro lado da linha.
“– Tá. Tá. Não é a primeira vez que me falam isso.”, pensei com humor.
– Em que posso ajudá-lo, Senhor? – Perguntei.
– Bem... Bruna, né? – O cliente perguntou. Pelo jeito de falar percebi que era carioca como eu.
– Isso mesmo. – Disse. – O Senhor está tendo algum problema com algum dos nossos equipamentos?
– É... Eu comprei o novo modelo de smart e não consigo configurá-lo como modem. – O cliente disse. – Já segui o manual, busquei dicas na internet e cá entre nós? Essas atendentes do call-center não sacam nada.
– Farei o possível para ajudá-lo. – Disse. – Seu smart está conectado a algum computador, note ou netbook?
– Está num net. – Ele me disse.
– Vamos lá. Entre no menu... – Disse e fui dando as informações ao cliente.
Para a minha tranquilidade, aquele não era um dos que achavam que sabiam tudo e queriam dar um de técnico e especialista. Fez tudo o que eu mandei e no final fizemos um teste, passei um e-mail para que ele enviasse uma resposta e fiquei aguardando.
– Acabei de receber, Senhor. – Disse.
– Nossa, valeu mesmo. – O cliente disse.
– Preciso que o Senhor me passe seu nome e um telefone de contato para que sejam inseridas essas informações no cadastro. – Disse. – O Senhor já passou esses dados para a atendente anterior?
– Já sim, mas você pode anotar. Meu nome é Diogo... – O cliente me disse, dando também um telefone para contato.
– Está anotado. Vou repassar ao call-center e sua solicitação será registrada. – Disse. – Qualquer dúvida pode entrar em contato com o SAC.
– E consigo falar direto com a especialista? – Ele me perguntou.
– Acredito que agora não tenha mais problemas, mas se for necessário o SAC entrará em contato com um dos técnicos. – Disse.
– Tudo bem, obrigado. – O cliente disse e desligou.
Eu ainda recebi mais algumas ligações de socorro das assistências durante o dia, mas nada complicado demais, básico para uma segunda. Na faculdade tive um teste no quarto tempo e fui para a casa. A Ju não estava lá, no mínimo tinha ido para a casa do Fabinho novamente, então aproveitei para arrumar o meu armário. Apesar de já ter ouvido muitas vezes que a minha voz no telefone era bonita, aquela ligação do cliente não saiu da minha cabeça. A voz dele também era muito sexi, ficou marcada e grudada na minha mente, se repetindo e repetindo. Antes que eu ficasse sonhando demais, voltei para a minha arrumação e a realidade.
– Bruna, aquele cliente de ontem está fazendo questão de falar contigo. Disse que o smart desconfigurou. – O Maurício me disse na terça às quatro da tarde.
– Tudo bem, transfere. – Disse rindo e aguardei a ligação. – Boa tarde, em que posso ajudar?
– Nossa, valeu a pena ficar quinze minutos esperando. – Foi a primeira coisa que ouvi.
– Senhor?
– Desculpe, mas não consegui tirar a sua voz da minha cabeça. – O cliente disse.
– O supervisor me informou que o seu smart desconfigurou. – Disse. Eu sabia que as ligações eram gravadas, não queria problemas.
– É, desconfigurou. – O cliente disse, mas ouvi um risinho ao fundo. – Você poderia me explicar o que fazer?
– Claro. – Disse e expliquei tudo de novo. – Não se esqueça de salvar tudo.
– Então foi isso. – O cliente disse.
– O Senhor precisa de mais algum auxílio? – Perguntei.
– Me chame de Diogo. – O cliente pediu.
– O Senhor precisa de mais algum auxílio, Senhor Diogo? – Perguntei.
– Só um. – Ele disse. – Mesmo estando com o smart como modem, ele recebe ligação?
– Sim, Senhor. – Disse.
– Você poderia fazer um teste? – Ele me pediu.
– Sinto muito, mas não posso fazer ligação externa para celular.
– Poxa. – Ele se lamentou. – Assim vou te perturbar de novo amanhã. E vou ficar fazendo isso até conseguir que essa coisa funcione perfeitamente.
– Tudo bem, farei um teste para o Senhor. – Disse e peguei o meu celular. – O smart está on line?
– Está. – O cliente disse.
– Farei uma ligação e o Senhor me diz se ele vai tocar. – Disse e liguei. Pude ouvir o som do outro lado.
– Alô. – O cliente disse ao atender o celular. – Poxa, muito obrigado.
– De nada, Senhor. – Disse e desliguei.
– Vou indicar esse aparelho aos meus amigos. – O cliente disse quando voltamos ao telefone da empresa. – Não é em todos os lugares que somos tão bem atendidos.
– Obrigado, Senhor. – Disse. – Retornarei a ligação para o SAC. Aguarde na linha.
– Tudo bem. – O cliente disse e transferi a ligação.
Naquela terça acabei não indo à faculdade, as minhas matérias daquele dia estavam bem adiantadas e eu estava muito cansada, resolvi ir para casa. O trânsito da manhã estava insuportável e como se não fosse suficiente o ônibus enguiçou e tive que pegar outro que já estava lotado. Para fechar o dia, infelizmente peguei um ônibus lotado até o Méier e só pude relaxar um pouco em casa mesmo, depois de um banho.
– Alô. – Disse meio sonolenta às oito e meia ao atender o celular, nem vi quem era.
– Nossa, sua voz é linda mesmo. – Ouvi dizerem do outro lado.
– Quem é? – Perguntei mais alerta.
– Diogo. – Ouvi dizer do outro lado. – Me perdoe, mas... Não consegui resistir.
– Diogo? Que Diogo? – Perguntei confusa.
– Do smart.
– Mas como...? Já entendi. – Disse rindo lembrando do pedido do teste do aparelho.
– Eu tinha que tentar. – Ele confessou rindo. – Sua voz me encantou, Bruna.
– Isso é completamente inapropriado. – Disse. – Se a minha chefia fica sabendo, posso ser mandada embora.
– É só você não contar. – Ele sugeriu e eu ri. – Tenho vinte oito anos e você?
– Vinte e três. – Disse. – Olha, acho que é melhor o Senhor não me ligar.
– Não consigo! – Ele resmungou. – Por favor, Bruna. Tô fissurado na sua voz, preciso ouvi-la. Alguém já te disse que ela é linda?
– Já sim. – Disse rindo. – A secretária eletrônica dos meus amigos tem a minha voz na saudação.
– Poxa, você podia fazer por mim também. – Ele pediu e pude ouvir um risinho. – Tá bom, cedo demais para isso.
– Essa ligação vai ficar cara para o Senhor.
– Tenho quinhentos minutos para usar contigo, não me importo se usar todos eles e mais quinhentos. – Ele disse. – E, por favor, não me chame de Senhor, sou apenas um pouco mais velho que você.
– Mesmo assim. Isso não vai levar a nada, não tem sentido continuar...
– Você não gostou de mim.
– Não é bem isso. – Disse. Eu tinha gostado da voz dele também. – Não lhe conheço e você não me conhece.
– Tudo bem. Anota aí o meu endereço de mensagem instantânea. – Ele disse e anotei. – Me adiciona.
– Mas... Isso não tem cabimento. – Resmunguei, mas adicionei.
– Oi. – Ele disse e digitou ao mesmo tempo. – Você é bonita. Gostei do avatar.
– O seu não apareceu. – Acusei.
– Você curte música? – Ele me perguntou no celular.
– Gosto, mas não tenho acompanhado. – Disse e resmunguei. – Isso é loucura!
– Nossa.
– O que foi?
– Tô ficando apaixonado. – Ele disse e eu ri. – Agora posso ver seu rosto também.
– Mas eu não posso ver o seu. – Acusei e ele liberou a foto. Ele era muito bonito. – Você é muito bonito.
– Obrigado. Quer dizer que você realmente não curte os sucessos do momento.
– Não dá. A minha amiga até me chamou para ir num show no último final de semana, mas além de estar dura eu não queria aquela histeria e gritaria por causa de um cantor. – Comentei e ele riu.
– Bom saber. – Ele me disse. – Você é especial, Bruna.
– Não sei... Melhor eu desligar. Não quero me envolver numa coisa que não vai dar em nada, não te conheço, nem sei se esse da foto é você. Isso é uma loucura.
– Por favor. Não faça isso! – Ele me pediu. – Por favor, não saia da minha vida.
– O que? – Arfei.
– Não desligue. – Ele me pediu de novo. – Não costumo fazer esse tipo de coisa.
– Nem eu. Todo mundo sabe que esse tipo de coisa é errado, Diogo.
– Nossa. Adorei ouvir meu nome vindo de você. – Ele me disse. – Vai, me dá uma chance. Prometo não fazer perguntas pessoais como o seu endereço, telefone fixo, CPF ou nome completo, mas se quiser te conto os meus. Não me pergunte como, mas confio em você. Isso é muito louco.
– Também acho, então...
– Por favor. – Ele me pediu.
– Olha, acho que você está se iludindo com a minha voz. Não sou linda, nem rica, muito menos à altura de um cara como esse da foto. Parece um artista e não posso competir com essas modelos que tem por aí, as que se jogam aos pés dos caras como esse. Sou assalariada, pego ônibus todo dia para ir para o trabalho, e não tenho grana nem para o táxi. – Disse tirando qualquer chance de que pudéssemos nos envolver.
– Mas o que isso tudo me importa? – O Diogo me perguntou. – Não me importo com a sua grana, mas acho errado você ficar pegando ônibus todo dia. Se você fosse minha garota eu a levaria todo dia para nenhum carinha ficar se chegando demais, sou ciumento demais para suportar isso. Em relação ao fato das modelos... Sinceramente? São chatas demais. Quando saem para jantar não comem com medo de engordar, quando saem para passear não querem caminhar demais para não ficarem com os músculos muito rígidos e também porque não aguentam, vão desmaiar por que não comeram.
– Então você sai com modelos. – Disse chegando à conclusão que eu queria. – Viu?
– Você jogou verde. – Ele acusou.
– Não é só você que tem manha. – Disse rindo.
– Daria tudo para ver seu sorriso. Você é muito simpática, completamente diferente de todas as pessoas que me rodeiam.
– Por que você diz isso? – Perguntei curiosa.
– Não é nada, esquece. Não quero falar nessas coisas.
– Tudo bem. – Disse meio cismada.
– Não é que não confie em você, Bruna. É que... Você não ia acreditar mesmo. – Ele disse.
– Não quero me meter na sua vida.
– Não é isso, Bruna. – Ele se adiantou em dizer. – Droga, me expressei errado. Não quero que você pense assim.
– Tudo bem, Diogo. – Disse. – Não nos conhecemos, não faz diferença pra você.
– Claro que faz.
– Não sei como. A única coisa que você sabe sobre mim é que trabalho na empresa do smart que você comprou e que eu sou especialista no modelo. – Disse. – Minha opinião e o que eu penso não deviam e nem fará diferença na sua vida. Tenho certeza de que a opinião da sua namorada, noiva ou esposa é mais importante.
– Eu não tenho ninguém. – Ele me disse. – Estou meio cansado dessas garotas superficiais, sabe? Elas não têm assunto, só futilidade. Não dá para conversar com elas sem ter vontade de vomitar dez segundos depois. Claro que nem todas as garotas são assim, mas nunca encontrei uma mulher que realmente me fizesse ficar acordado como você fez. Desculpe, mas fez sim.
– Isso é algum tipo de aposta entre amigos? – Perguntei. – Vocês apostaram quanto tempo conseguiriam manter a otária no celular?
– Claro que não, Bruninha. – O Diogo disse ofendido.
– Me desculpe, mas isso é absurdo demais pra mim, Diogo.
– Me desculpe. Não queria estragar o seu dia. – Ele disse desanimado. – Posso te ligar amanhã? Por favor, diga que sim.
– Não sei. – Disse, mas queria ouvir de novo a voz dele. – Tudo bem.
– Que bom, essa notícia alegrou a minha noite. – Ele disse. – Vou ficar on line se quiser conversar mais.
– Vou comer alguma coisa. Cheguei da faculdade e só tomei um banho. – Disse.
– Desculpe te fazer passar fome. – Ele disse rindo. – Vai lá, então.
– Então... Tchau. – Disse e desliguei.
Fiquei impressionada com o tempo em que eu fiquei no celular com ele. Salvei o número com seu nome para que identificasse quando ele ligasse, assim eu poderia optar por atender ou não. Comi um sanduíche e quando voltei para o computador vi que tinha mensagem dele.

Diogo diz: Enquanto vc come eu estou aki apreciando a sua foto.
Diogo diz: Realmente adorei falar com vc, Bruninha. Agora que vi sua foto poderei sonhar c/ seu rosto também, ñ só c/ a sua voz.  Desculpe se tudo isso parece estranho, mas realmente gostei de vc.
Bruna diz: Ainda está aí?
Diogo diz: Sempre.
Diogo diz: Já jantou?
Bruna diz: Fiz só um lanche. Cansada demais para fazer comida. rsrsr
Diogo diz: Um dia te levo para jantar.
Bruna diz: kakakakaa
Diogo diz: Hei! Sonhar não custa nada.
Bruna diz: Não vai jantar?
Diogo diz: Estou sem fome.
Bruna diz: De dieta? Rsrsrsrs
Diogo diz: Não, só sem fome mesmo. Fiz um lanche qdo voltei do trabalho.
(...)